Em Minas Gerais, há um grande potencial para a prática de escalada, devido a grande variedade de serras. Esta característica há muito tempo atrai diversos tipos de públicos. A novidade, de uns anos para cá, é a presença das mulheres nas escaladas, não mais como acompanhantes.
Claro que na história do montanhismo mundial, sempre existiram mulheres escaladoras que se destacaram, como a inglesa Alison Hargreaves, a segunda pessoa a realizar ascensão ao cume do Everest, em 1995, sem oxigênio. Na época tal atitude foi muito questionada por ela ser uma mulher, mãe de dois filhos pequenos e praticar um esporte considerado tão perigoso. As críticas aumentaram ainda mais, após Alison subir o Monte Eiger, nos Alpes Suíços, em 1988, em seu sexto mês de gravidez.
Atualmente, muitas mulheres, assim como a inglesa Alison, conciliam o esporte com a maternidade, e também com a vida profissional, pessoal e estudos. Tudo isso sem perder a feminilidade e responsabilidade.
Essa mudança é o reflexo dos novos papéis e a maior igualdade dos direitos e deveres alcançados pelas mulheres na sociedade contemporânea. O esporte de escalada é conhecido, principalmente, por exigir força física e administração de riscos. As mulheres chegaram com tudo, superando seus limites, tanto nas academias de escalada indoor quanto nas rochas.
“O que me motiva é o simples ato de escalar, de esquecer o mundo lá fora e viver aquele momento com uma super entrega, com foco… é um conjunto de coisas que me incentivam, mas, sem dúvida, a maior delas é o sentimento de superação aliado ao prazer de realizar uma atividade física intensa e complexa, liberar energia de uma maneira positiva e sentir o prazer da endorfina tomar conta do corpo”.
__ Janine Cardoso